À Maria Helena
Sem os arroubos e os rompantes
juvenis.
E não esperes que eu invada tua
alma
Pois meu querer se faz de formas
mais sutis
Tu não verás no meu amor açodo e
pressa
Antes o lento desdobrar de uma
paixão
Que não explode no vazio de uma
promessa
Mas pouco a pouco há de inundar
teu coração.
Não há de ser o meu amor chama
inconstante
Ou labareda que se ergue
desvairada
E que em cinzas se transforma
num instante.
Mas será sempre enquanto vida me
for dada
A flama firme que jamais se faz
distante
E espanta o frio da solidão indesejada
Luiz Robin Ohlson
(Poema no ônibus)
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