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3 de fev. de 2011

Soneto do Amor Maduro


À Maria Helena

Tu não terás do meu amor senão a calma
Sem os arroubos e os rompantes juvenis.
E não esperes que eu invada tua alma
Pois meu querer se faz de formas mais sutis

Tu não verás no meu amor açodo e pressa
Antes o lento desdobrar de uma paixão
Que não explode no vazio de uma promessa
Mas pouco a pouco há de inundar teu coração.

Não há de ser o meu amor chama inconstante
Ou labareda que se ergue desvairada
E que em cinzas se transforma num instante.

Mas será sempre enquanto vida me for dada
A flama firme que jamais se faz distante
E espanta o frio da solidão indesejada

Luiz Robin Ohlson
(Poema no ônibus)



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